Header Ads

Header ADS

Nova Queda no Pelotão do Lago Sul


Está se tornando rotina. Rolou mais uma queda no Pelotão do Lago Sul neste domingo, nas mesmas circunstâncias da que tinha ocorrido na sexta-feira. Pelotão nervoso, ataques, iniciantes, queda. Desta vez a queda aconteceu ainda na primeira metade do percurso, no início da subida CCBB, e as consequências foram menores do que a anterior.

Para tentar entender o que está acontecendo, é interessante fazer uma retrospectiva recente do Pelotão do Lago Sul. Até o final de 2014, haviam dois Pelotões. O "A" que saía por volta das 8:30 e o "B" que partia 10 minutos mais tarde. De uma forma bem geral, estavam caracterizadas a primeira e a segunda divisão dos ciclistas que queriam medir força aos domingos. O "A" tinha médias que beiravam os os 45 km/h e as fugas eram uma constante. O "B", por sua vez, tinha médias que ficavam em torno dos 40 km/h e costumava ser mais controlado, embora ainda não pudesse ser caracterizado como apropriado para principiantes. Experiência era fundamental para garantir a segurança do participante e, por extensão, do pelotão como um todo.

Nos meses de dezembro e janeiro, o número de participantes naturalmente se reduz e os dois pelotões acabaram se fundindo. Esta situação perdurou por um bom tempo, pontuada por movimentos que surgiam aqui a ali visando ressuscitar o "B", mas que acabavam não vingando. Até que o Júlio Cesar Rieder (o Japa), dono da Japa Pro-Cycling, loja e equipe de ciclismo em Brasília, resolveu ressuscitar o Pelotão "B" com um enfoque ligeiramente diferente, saindo às 8:00. O pelotão teria a velocidade controlada em 35 km/h e os ataques seriam inibidos. Nos primeiros dias, funcionou exatamente como ele pretendera. Não demorou, porém, para que o novo pelotão despertasse a atenção daqueles que ficaram órfãos do antigo "B" e que estavam sofrendo para acompanhar o "A". Eles acabaram migrando e o novo pelotão acabou não sendo nem uma coisa nem outra. Nem um pelotão para principiantes, nem uma segunda divisão do "A". Durante algum tempo, o Japa tentou impor sua visão de pelotão "B" mas o feedback foi tão negativo que acabou desistindo.

Em vista dos novos acontecimentos, começa a surgir uma nova movimentação para que o "B" volte a ter seu propósito original. Os Pelotões "A" e "B" voltariam a sair às 8:30 e 8:40, respectivamente, com o propósito de abrigar aqueles que desejam medir força entre si. O que atualmente sai às 8:00 seria destinado ao aprendizado dos iniciantes ou para aqueles que querem pedalar num pelotão menos competitivo do que os outros dois. Fica aqui registrada a torcida para que a ideia vingue.

6 comentários:

  1. O problema é que tem gente que vai pro B porque não consegue acompanhar o A ou quer fazer bonito no B, mas não entende que o B (das 8hs) é diferente do antigo B, sem ataques e ritmo controlado. Eu já presenciei o Japa tentando manter o ritmo controlado no pelotão e alguns ciclistas reclamando e desobedecendo e atacando o pelote.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Concordo Sérgio. Para mim o ideal seria reviver o antigo B e deixar o pelotão das 8:00 para os iniciantes ou aqueles que não desejam pedalar de forma mais competitiva - o que também é perfeitamente válido, diga-se de passagem

      Excluir
  2. Marcelo Perluiz3/28/2016 5:08 PM

    Comecei a pedalar há pouco tempo, em 2012. Como não tinha experiência no ciclismo, busquei uma assessoria. Nos primeiros dois meses, meu primeiro técnico, Marcelo Rocha, me passava planilhas para realizar sozinho. Após esses período, passei a participar dos treinos coletivos da assessoria, que eram ministrados pelo Fabrício Lino. Após algum tempo treinando com outros ciclistas, fui liberado para andar no "B". Nessa época o André Faturetto meio que conseguia controlar as coisas. Fazíamos um ritmo constante de 40 a 42km/h, sem ataques e, somente após o Gilberto, o pau quebrava. Mais um tempo se passou até que fosse para o "A". Esse tempo de adaptação foi essencial para que eu aprendesse o que significa andar no meio de 50 bicicletas. O "B" não pode acabar, e muito menos deveria acabar o pelote do Japa. Ambos são importantíssimos para o desenvolvimento dos ciclistas que participarão das provas em Brasília e fora.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Perfeito, Marcelo. Rodar num pelotão é muito mais complicado do que girar sozinho. Requer atenção e, o mais importante, saber ler o que está acontecendo ao seu redor. Levei muito tempo girando em pelotões menores antes de ter confiança suficiente para pedalar no Pelotão do Lago Sul. Meu maior receio não era sobrar mas fazer alguma besteira e levar um monte de gente comigo pro chão. Acho que ter um pelotão para iniciantes é fundamental para que os novos ciclistas possam ganhar bagagem para, mais tarde, pedalar com segurança nos pelotões mais fortes.

      Excluir
    2. É isso aí Max e Marcelo. Talvez fosse o caso de criarmos um pelotão "C" para os iniciantes saindo às 8h e o "B" ficar as 8h40. Entretanto, tem gente no "B" que poderia estar no "A" e que acaba aumentando muito a velocidade média, a quantidade de ataques etc.
      Em relação aos acidentes, sempre aconteceram. Mesmo quando era o "B" antigo.

      Excluir
    3. Verdade Sérgio. Não tem como negar que as quedas fazem parte do ciclismo.

      Excluir

Tecnologia do Blogger.