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Queda generalizada no Pelotão do Lago Sul


Costuma-se dizer que a única certeza que um corredor tem é que, se ainda não se machucou, um dia vai. Fazendo uma analogia com os ciclistas, a única certeza que ele tem é que, se ainda não caiu, um dia vai. Infelizmente, faz parte do esporte. Ainda mais num pelotão nervoso como o do Lago Sul. Quando giramos no Pelotão Evolua, o ritmo costuma ser mais controlado e as ultrapassagens menos frequentes, tornando os incidentes bem mais raros.

Já no Pelotão do Lago Sul, por sua própria natureza anárquica - as pessoas simplesmente se reúnem nos domingos e feriados para medir força umas com as outras sem nenhuma organização prévia -, a história é outra. Tem gente que está aprendendo a andar num pelotão - para não mencionar aqueles que nunca vão aprender a andar num pelotão. Tem gente que está girando acima do limite, com toda sua concentração focada exclusivamente em não sobrar. Tudo isso contribui para que as quedas sejam mais frequentes. Eu mesmo já me envolvi numa queda boba, por pura desatenção minha, e já presenciei uma meia dúzia delas, embora não seja o cara mais assíduo ao CNPQ aos domingos.

Ontem rolou uma grande que começou na frente do pelotão, na L4 Norte, próximo ao Clube dos Servidores, derrubou cerca de 20 ciclistas e interrompeu a atividade enquanto as ambulâncias do Corpo de Bombeiros eram aguardadas para dar assistência aos machucados. Na verdade, com exceção da Jéssica e do André Malvadeza, encaminhados ao Hospital de Base para exames complementares e liberados mais tarde, ninguém se feriu com gravidade. O saldo da confusão ficou resumido a luxações e escoriações nos ciclistas, raios quebrados e rodas empenadas nas bikes. Felizmente. Poderia ter sido bem pior.

Até a queda, o pelotão estava grande e, pela minha percepção, rápido. Pelo menos eu estava fazendo força pra valer embora, pensando bem, pelo número de vezes que me vi lá na frente dele depois da Ponte JK, talvez não fosse bem o caso.


Eu estava mais à frente do pelotão e não vi o que ocorreu. Tanto que, apesar de ter ressuscitado a GoPro e gravado todo o percurso, capturei apenas a reação dos ciclistas que estavam à minha frente. Apenas escutei a Jéssica gritar e, depois, o som de uma queda generalizada. O pelotão parou e, quando voltei para ver o que tinha acontecido, me deparei com um amontoado de bikes e ciclistas no asfalto e no canteiro lateral. Confesso que nunca tinha visto nada parecido, a não ser nas corridas do Pro Tour. Isso explica por que as equipes fazem tanta força para levar seus capitães para frente do pelotão.



Embora tenham tentado responsabilizar a Jéssica pelo acidente, as testemunhas do acidente são categóricas em afirmar que isso não é verdade. Um toque entre dois ciclistas gerou a confusão e ela foi pega no efeito dominó, como todos os demais, sem muitas chances de escapar. Talvez a controvérsia tenha sido gerada pelo fato dela ter sido a única mulher a girar ontem e a galera ainda não estar acostumada com a presença feminina no Pelotão.

Jéssica, em sua Caloi Strada, sinaliza um buraco para quem vem atrás

Ela está bem. Teve alta ainda ontem e conversou com o pessoal no CNPQ após a chegada do Pelotão, que prosseguiu bastante reduzido depois que os feridos foram atendidos. Não é a primeira vez que a vejo no pelotão e deixo aqui registrado minha torcida para que ela se recupere rapidamente e volte a girar tão bem quanto agora, acompanhando o pelote de boa, apesar de não ter uma bike tão top quanto as que são geralmente vistas por lá. Infelizmente cair faz parte.


4 comentários:

  1. "apesar de não ter uma bike tão top quanto as que são geralmente vistas por lá. " achei um comentário desnecessário!!

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    1. Agradeço o feedback. É muito importante saber a opinião dos leitores do blog para que eu possa escrever de forma a não gerar dúvidas em relação às opiniões que emito.

      Em relação ao comentário, gostaria de esclarecer não quis desmerecer a menina, muito pelo contrário. O fato da bike dela não ser tão top quanto as que geralmente são vistas por lá torna a tarefa de acompanhar o pelotão muito mais difícil e, em consequência, indica que ela está pedalando muito bem. Esse foi o único intuito do comentário uma vez que o fato das bikes serem top também não acrescenta nenhum juízo de valor em relação aos seus donos. Eu mesmo tenho uma bike mais top do que a dela e, com isso, não quero dizer que eu seja melhor ou pior do que ninguém.

      Abraços e obrigado pelo comentário.

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  2. Jéssica está pedalando melhor q muita gente, falar q a culpa foi dela é muito injusto. Enquanto tem gente q cai 3x em uma semana, e qr ficar falando de boca cheia q a culpa e dela, ela teve a humildade de pedir desculpa, o q nem precisava ao meu ver. Muito bom seu texto, não achei desmerecedor falar da bike dela e sim incentivador. Parabéns

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    1. Obrigado. A intenção foi justamente esta. Abraços.

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