Cross-Training
Garmin Connect - Detalhes da Atividade: Cross-Training
Quando estava prestes a entrar em um sono profundo, uma gritaria de crianças me desperta. Olho as horas no relógio: meia-noite. Levanto-me e vou à janela. Vejo os pirralhos brincando enquanto adultos - os pais, imagino - conversam calmamente. Penso em gritar por silêncio, em descer mas, por fim, decido-me que não vale a pena o aborrecimento. Opto pelos protetores de ouvidos e volto a me deitar.
Custo a pegar no sono novamente. Poucos sonhos. Ouço uma música distante. Ainda estou sonhando e o som parece fazer parte dele. Pouco a pouco vou retomando a consciência. A música vem do despertador. Está abafada pois ainda estou com os protetores de ouvido. O relógio marca 5:20. Está na hora de me levantar.
Olho pela janela e vejo que chove. O calor foi embora subitamente. Penso no que fazer. A planilha marca um dia de descanço e posso voltar para cama sem peso na consciência. Mas está chovendo e faz tanto tempo que eu não corro na chuva... A última vez que me lembro dos pingos em minha face, da umidade encharcando o corpo, do tênis absorvendo as poças d'água, faz quase um ano. Provavelmente, outras situações semelhantes ocorreram desde então, mas nenhuma se fixou à memória. Foi no dia 27 de setembro do ano passado. Havíamos nos mudado para a 402 no dia anterior e a chuva apareceu, como a dar as boas vindas.
Quer saber? Sabe-se lá quando outra oportunidade igual aparecerá. Vamos nessa. Passo a mão no capacete e nos óculos escuros, esse último única e exclusivamente para proteger da chuva e do vento, já que sol não haverá. Rumo ao Parque da Cidade. O tênis encharca como se eu estivesse correndo. Tento manter uma certa prudência para não deslizar. Fica mais na tentativa... O cheiro do bosque de pinheiros me fazem lembrar de um outro lugar, uma outra época. Completo a primeira volta grande e ainda não saciei minhas saudades da chuva. Quero mais. Parto para a segunda volta, desta vez em 8. Reparo nas árvores recém-plantadas e sinto-me feliz por estar aqui. Sabendo o ângulo certo para se olhar, Brasília pode ser um lugar muito bom de se morar.
Tomo o caminho de casa. As ruas já começam a receber o tráfego habitual de cada dia. Termino a jornada, ensopado e feliz. Amanhã, quem sabe? Uma outra pancada para lavar a alma não seria má idéia.
Quando estava prestes a entrar em um sono profundo, uma gritaria de crianças me desperta. Olho as horas no relógio: meia-noite. Levanto-me e vou à janela. Vejo os pirralhos brincando enquanto adultos - os pais, imagino - conversam calmamente. Penso em gritar por silêncio, em descer mas, por fim, decido-me que não vale a pena o aborrecimento. Opto pelos protetores de ouvidos e volto a me deitar.
Custo a pegar no sono novamente. Poucos sonhos. Ouço uma música distante. Ainda estou sonhando e o som parece fazer parte dele. Pouco a pouco vou retomando a consciência. A música vem do despertador. Está abafada pois ainda estou com os protetores de ouvido. O relógio marca 5:20. Está na hora de me levantar.
Olho pela janela e vejo que chove. O calor foi embora subitamente. Penso no que fazer. A planilha marca um dia de descanço e posso voltar para cama sem peso na consciência. Mas está chovendo e faz tanto tempo que eu não corro na chuva... A última vez que me lembro dos pingos em minha face, da umidade encharcando o corpo, do tênis absorvendo as poças d'água, faz quase um ano. Provavelmente, outras situações semelhantes ocorreram desde então, mas nenhuma se fixou à memória. Foi no dia 27 de setembro do ano passado. Havíamos nos mudado para a 402 no dia anterior e a chuva apareceu, como a dar as boas vindas.
Quer saber? Sabe-se lá quando outra oportunidade igual aparecerá. Vamos nessa. Passo a mão no capacete e nos óculos escuros, esse último única e exclusivamente para proteger da chuva e do vento, já que sol não haverá. Rumo ao Parque da Cidade. O tênis encharca como se eu estivesse correndo. Tento manter uma certa prudência para não deslizar. Fica mais na tentativa... O cheiro do bosque de pinheiros me fazem lembrar de um outro lugar, uma outra época. Completo a primeira volta grande e ainda não saciei minhas saudades da chuva. Quero mais. Parto para a segunda volta, desta vez em 8. Reparo nas árvores recém-plantadas e sinto-me feliz por estar aqui. Sabendo o ângulo certo para se olhar, Brasília pode ser um lugar muito bom de se morar.
Tomo o caminho de casa. As ruas já começam a receber o tráfego habitual de cada dia. Termino a jornada, ensopado e feliz. Amanhã, quem sabe? Uma outra pancada para lavar a alma não seria má idéia.
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