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2ª Corrida 24 Horas de Brasília


Normalmente, uma corrida tem um percurso e o que varia é o tempo que os atletas gastam percorrendo esta distância fixa. Esta corrida é um pouco diferente no sentido que o tempo é que é fixo: são 24 horas correndo em volta de um percurso relativamente pequeno e vence quem percorre o maior número de voltas após um dia inteiro de corridas. Parece cansativo? Para quem está correndo na categoria solo, certamente. Para quem está numa equipe de revezamento, a prova é super divertida.

O relógio próximo à hora do encerramento da corrida.

Esta foi a segunda edição da prova e foi praticamente idêntica à do ano passado. A estrutura de apoio foi montada próxima ao rinque de patinação, no estacionamento do Gibão. O percurso consistia em dar a volta no último anel interno do Parque, cobrindo uma distância de pouco menos de 4km. A diferença em relação à edição anterior é que desta vez percorria-se o circuito no sentido anti-horário. Alguns acharam que ele ficou mais difícil mas eu achei que ele ficou mais fácil. Como não houve consenso, acho que é justo dizer que o nível de dificuldade permaneceu o mesmo.

Um dos diferenciais da corrida é a possibilidade de se acampar de um dia para o outro. Imagino que a montagem de barracas em qualquer outro período seja rigorosamente coibida. Durante a prova, no entanto, ela não só é permitida mas até incentivada, já que os corredores têm que descansar quando não estão cumprindo seu turno na pista. Há segurança particular cuidando para que não haja problemas e a PM se fez presente durante a maior parte da corrida. Não conte, no entanto, com a possibilidade de dormir. O som é alto e o locutor, em seu desafio particular de quebrar o recorde mundial de palavras pronunciadas durante 24 horas tinha que falar ao menos 50 e poucas palavras a cada 15 minutos. Apesar de ter pedido algumas vezes para que o som fosse ao menos diminuído durante a madrugada, acabamos desistindo próximo da meia-noite, fomos dormir em casa e retornamos na manhã do dia seguinte para cumprirmos nossa participação no revezamento. Espero me lembrar deste detalhe ano que vem.

Barracas da Equipe Lo-Rã no Parque da Cidade


A largada da prova foi pontualmente às 9 horas da manhã de sábado. Eu e +Wandréa Marcinoni Chegamos um pouco depois disso e fomos logo providenciando a montagem de nossa barraca, no local reservado à +Equipe Lora. Quem monta a barraca primeiro fica com a sombra e com a possibilidade de dormir até mais tarde.

Às 11:20 tive minha primeira participação, 14'54", um bom pace de 3'52"/km. Tive mais 2 participações no sábado, com tempos de 14'58" e 15'10" e completei minha participação com um 15'20" na manhã de domingo. O trajeto é o único em todo o Parque que conta com algum tipo de elevação. Largamos em uma pequena descida, subimos tudo de novo e aí descemos até aproximadamente os 1.600m. Aí subimos tudo novamente até 3.200m e completamos a volta numa suave descida. Peguei um vento contra não muito forte na subida final nas 2 primeiras voltas mas, nas demais, ou estava sofrendo demais para perceber a direção do vento ou ele estava fraco demais para ser notado. Como era de se esperar nesta época do ano, a baixa umidade do ar foi contrabalanceada pela baixa temperatura, tornando a corrida, ao menos para quem está acostumado com Brasília, bem confortável. Por se tratar de um percurso relativamente curto, não havia postos de hidratação ao longo do caminho

Correndo ao amanhecer
Desde o princípio nossa equipe assumiu a liderança e foi ampliando, até darmos uma volta na segunda colocada, formada pelos militares do Centro de Comunicação e Guerra Eletrônica do Exército. A partir daí, coube-nos administrar a diferença colocando os mais fracotes - como eu - quando a distância estava folgada ou os mais fortes quando ela diminuía um pouco. Foi como ter uma sensação de dejavú. O mesmo aconteceu no ano passado, com a diferença que disputávamos o segundo lugar já que a Equipe Grancursos liderou de ponta a ponta sem nos dar qualquer esperança. No final, a Kariny fechou a nossa última volta acompanhada por todos nós.

Equipe Lo-Rã/FreeCorner encerrando a sua participação na corrida.

A Equipe Lo-Rã/FreeCorner no pódio. É ouro.
Por se tratar de uma prova tão longa, o resultado deixa de ser tão importante. Os atletas vão para a pista, dão o melhor de si, ficam ansiosos tentando antecipar o desenrolar da corrida mas é impossível ficar concentrado 24 horas. Durante a maior parte do dia, o que realmente acontece é uma confraternização generalizada entre as equipes. É uma oportunidade de se curtir o Parque da Cidade de uma forma diferente e, por isso, os corredores levam seus filhos que ficam transitando livremente nos arredores da prova.

Repondo as calorias

Aconchego à espera da convocação para mais uma volta.

Fim de prova. A câmera do Bilu nunca teve uma foto tão bonita.


Kids being kids.
Depois da premiação, aguardamos o sorteio de passagens aéreas oferecidas pela Avianca, patrocinadora do evento e nos mandamos. O que não sabíamos é que haveria mais um sorteio, desta vez somente entre os membros da equipe vencedora. Já estávamos em casa quando recebemos uma ligação avisando que eu havia sido o sorteado. Voltamos correndo para o parque para recebermos o voucher. Um fechamento com chave de ouro para um fim de semana perfeito.

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