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Equipe Lo-Rã - Trilha da Coruja

Um temporal desabou sobre Brasília de madrugada. Pensei com meus botões: "Melou a trilha de amanhã". O despertador tocou às 6 e eu mandei mensagem no grupo da +Equipe Lo-Rã no Whatsapp:

Eu: A trilha de hoje está confirmada?
Laurent: Chuva abençoada, trilha confirmadíssima.
Eu: Droga. Vou sujar o tênis.
Laurent: E molhar a cueca!
Eu: Vou sem cuecas mesmo.

Então vamos lá. Concentração 7:15 na Rodoviária, 7:45 no Posto do Colorado. Para mim, quanto mais na frente melhor. Sou péssimo para acompanhar comboios. De carro, as crianças aplaudem quando ultrapassamos alguém que consegue a proeza de andar mais devagar do que eu.

Se ontem a subida do Colorado foi de bike, hoje foi dentro do carro. Não há como negar que ontem foi bem mais divertido.  Chegamos e ainda não tinha ninguém. Se não me falha a memória, antigamente o horário era 7:00 com tolerância até as 7:15. Agora é 7:15 com tolerância até 7:30. A pontualidade é britânica, não francesa. Enquanto não chegava ninguém, aproveitamos para tomar um café ruim de doer na padaria do posto. Aos poucos os carros da equipe foram se aglomerando e, às 08:00, partimos para a Trilha da Coruja.
Briefing com as instruções da trilha.

No início do mês fizemos a Trilha do Índio mas não encontrei nenhum índio. Hoje também não encontrei nenhuma coruja. Outro dia, na Trilha da Bundinha... deixa para lá. A trilha fica dentro da unidade Cerrados da Embrapa e uma placa enferrujada adverte que a entrada é proibida. O dono da propriedade em frente, um pouco a contragosto, nos deixou estacionar os carros em seu terreno e ainda aproveitou para anunciar que uma chácara a 7km da Rodoviária de Sobradinho por R$ 450.000,00. Propostas são bem vindas.

Entrada Proibida.

Entramos e começamos a correr por um estradão descampado, sem qualquer resquício de sombra. De onde eu tirei a brilhante ideia de vestir uma camisa preta de mangas compridas? Ao menos desta vez eu estava bem preparado. A mochila de hidratação que tinha sido dada como morta não estava vazando e eu tratei de colocar 2 quilos de água, não muito gelada, nas costas.

Cruzamos uma cerca de arame e entramos em outro estradão paralelo à cerca. Mais um quilômetro, mais uma cerca, uma vala camuflada pelo mato e mais um estradão. Continuamos até encontrarmos a entrada da trilha propriamente dita.

Entrada da Trilha da Coruja
A Trilha da Coruja foi inaugurada em dezembro de 2010. Fruto de recursos de uma emenda parlamentar e do PAC Embrapa, tinha como objetivo a educação ambiental e a transferência de conhecimentos para a sociedade em geral. Ao longo da trilha, há pontos de parada com bancos de madeira para aulas experimentais ao ar livre. Porém, como é de praxe neste país, a gente tem mas não mantém. Há pontos em que as passarelas de madeira estão completamente deterioradas. Quanto tempo a trilha serviu ao seu propósito? No estado atual de conservação, não há a menor possibilidade de se levar uma turma de alunos em idade escolar. Somente os aventureiros como nós. É uma pena pois a trilha é muito legal. Passa por mirantes que descortinam paisagens lindas e cachoeiras bem bacanas. É triste pensar que o contribuinte pagou a conta e nem ao menos pode usufruir do fruto de seus impostos.

Visão panorâmica.

A falta de manutenção tem seu preço.
Saímos da trilha propriamente dita e entramos em novo estradão, interrompido de tempos em tempos por árvores caídas. Com exceção do trecho dentro da unidade da Embrapa, corremos por estradões o tempo todo.

Praticamente toda a trilha que fazemos tem algum trecho de água para nos refrescarmos. Pode ser um riacho minguado que só dá para molhar os pés. Pode ser o rio São Bartolomeu. Hoje não foi exceção. A cerca de 4 quilômetros do fim, topamos com uma cachoeira de água gelada. Parada para tomar banho, tirar fotos e fazer farofa. Brasil se deitou dentro de uma canaleta que desviava parte da água da cachoeira fazendo-a transbordar. Segundo a Nadja, uma verdadeira rolha de poço. Quando saíamos, topamos com um pequeno grupo de Mountain Bikers que chegou para assumir a vez na cachoeira.

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Faró Faró Faró
Faró Faró Faró
Faró Faró Faró Fa Fa
Brasil brincando de rolha de poço. Foto de Múria Vasconcelos

O último trecho da trilha era uma subida de 100m em 1,2km. Inclinação média de 8%.  A primeira parte tinha piso de cascalho e pedras soltas. Todos caminhando. Depois da cerca de arame as pedras sumiram. O piso é liso e, devido às chuvas do dia anterior, bastante escorregadio. O tênis patina diversas vezes mas, desta vez, nada de quedas na trilha. No topo, chegamos ao mesmo local que tínhamos usado para entrar na Trilha. Mais 1.500m e chegamos no nosso ponto de partida, para a tradicional melancia do Baiano e os parabéns do +Salerno, com direito a bolo cheio de glúten, lactose, açúcar refinado e muito sabor, para desespero da +Maria Matos. Próxima programação da Equipe Lo-Rã, terça-feira, treino de pistas no Centro Olímpico da UnB.

Álbum de fotos


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