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Vila Basevi



Quando eu era criança, ouvi um colega da turma chamar o rei, pai de Dom Pedro, de Dom João Vi. O cross de hoje passou por uma vila cujo nome teria uma origem igualmente pitoresca. Conta-se que na região, existe uma empresa de asfalto e topografia chamada Base VI e os operários liam o numeral romano VI como Vi. Como o sobrenome do empresário francês dono da fábrica também é Basevi, fico na dúvida sobre a veracidade da história. Parece-me que ou o nome da empresa foi escolhido propositalmente como Base VI por causa do sobrenome do seu fundador ou ela sempre se chamou Basevi e o preconceito a respeito da cultura e da inteligência dos peões moldou a história.

Esse foi o primeiro cross do ano,  realizado à tarde para possibilitar a presença dos corredores da equipe que participaram da Corrida de Reis ontem à noite e contou com a presença de alguns ciclistas. Saímos da casa do Beto, no Lago Oeste e fomos em direção à Reserva Ecológica da Contagem, onde pegamos a trilha. No final do estradão que dá acesso à trilha, uma cascavel tentava tranquilamente atravessar a rua quando foi surpreendida por um bando de corredores que tentaram gentilmente enxotá-la da estrada. Não tenho a menor ideia do porquê, mas depois de algumas pedradas ela resolveu se abrigar na margem e armar um bote mas, para a felicidade geral de todos - cobra e corredores - ficou estabelecido que tudo não passou de um mal entendido e cada um seguiu o seu rumo.

Corredores se aproximando da cascavel

A própria (foto do Rocha)

Confesso que foi assustador entrar na mata depois deste encontro. Porém, não demorou muito para que o incidente fosse esquecido e eu me concentrasse no single track que serpenteava em direção à cerca que delimita a reserva. Aparentemente deu certo pois fui poupado e não fui parar no chão como alguns corredores que não tiveram tanta sorte. Como a vegetação cobria quase que totalmente a trilha, fiquei preocupado com os ciclistas que nos acompanhavam, principalmente porque uma dessas pessoas era a fofa da minha esposa - te amo, viu Wandréa? - e fiquei à beira da trilha esperando por ela. Quando me avisaram que eles haviam ido por outro lado, prossegui prestando atenção nas setas que o Espanhol fazia para marcar o caminho e nos tocos que surgiam de vez em quando.

Single track pelo cerrado, a vegetação escondendo a trilha quase que totalmente.


O Baiano nos aguardava, desta vez com água e Gatorade ao invés da tradicional melancia, na Basevi. Ainda faltavam uns 6 kms dos 15 que percorremos nesta tarde, mas a volta transcorreu na maior tranquilidade. Saímos da trilha na esquina da cobra que, desta vez, estava deserta mas, ao invés de seguirmos em frente, viramos à direita em direção à uma ladeira asfaltada. Tudo ideia do Lo-Rã para nos fazer:
  1. Correr mais;
  2. passar por dentro de um rio;
  3. apreciar a vista da Fercal e das indústrias de cimento distantes lá embaixo;
  4. sentar à beira do açude enquanto esperávamos para reagrupar o pelotão.

O açude, resquício de alguma lavra de mineração, ao entardecer

Panorâmica do local.

Karine, Lo-Rã, Maranhão e Rai contemplando a vista enquanto esperavam os demais corredores.


Formação rochosa próxima ao açude
A mesma formação, vista por outro ângulo.

O espanhol saltando que nem cabrito.

Depois de presenciarmos o Espanhol pulando de pedra em pedra que nem um cabrito, pegamos nosso rumo de volta à casa do Beto, mais uns 2 kms bem tranquilos pela mesma estrada por onde viemos. Não deu para ficar com o pessoal pois estávamos atrasados para um outro compromisso, mas imagino que o Baiano tenha presenteado a galera com a tradicional melancia doce pós-treino.

Coruja buraqueira observando da árvore
Todas as fotos que tirei durante o cross estão disponíveis num álbum do Picasa.

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