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2ª Corrida Viva Bem

2ª Corrida Viva Bem

Mais uma corrida de revezamento, desta vez uma meia maratona. Como a distância foi reduzida à metade, o número de participantes também teve que ser reduzido na mesma proporção. Consequentemente, o número de equipes cresceu. A minha era formada pelo Domingos, Eduardo e George e eu era indubitavelmente o mais lento do quarteto. Pelo fato da nossa equipe estar melhor do que da última vez e por haver mais corridas no fim de semana, eu sonhava que, desta vez, daria para beliscar um pódio. Quem sabe um dos outros times do Lo-Rã chegasse em primeiro e nós em terceiro?

A esperança era alimentada pela suposição que os corredores da Gran Cursos iam competir na Corrida Duque de Caxias, no SMU. Se eles também estivessem participando da corrida de revezamento, não ia dar. No final das contas, a Corrida do Advogado foi realizada ontem à noite no Parque da Cidade mas, pelo que pude verificar no calendário do site Corredor de Rua, a Corrida Duque de Caxias foi adiada para o dia 30/09. A Gran Cursos compareceu em peso e, apesar de não ter conquistado a primeira colocação nos quartetos masculinos, subiu muitas vezes ao pódio, frustando minhas expectativas.

Decepções à parte, vamos à corrida. Eu já havia corrido no Autódromo de Brasília uma vez, em 2008 e não posso classificá-la como uma experiência agradável. Estava com uma ressaca da sexta-feira anterior, devido a um "churrasvinho" que o pessoal do trabalho costumava organizar e, ao contrário do que eu pensara, o sábado não fora suficiente para curar. O episódio serviu para que eu passasse a acreditar no que sempre lia nas revistas especializadas: corrida e bebida são mutuamente exclusivas. Se for beber, não corra e vice-versa.

Desta vez era eu o capitão. Levei meu "óculos espião", comprado da China com uma escala no Mercado Livre, para gravar a minha performance. A largada estava marcada para as 8:00 e eu cheguei por volta das 7:15, a tempo de fotografar algumas corujas pousadas no guard-rail, como a descansar da atividade noturna. Peguei meu kit na tenda da Equipe e aqueci por cerca de 15 minutos, economizando a bateria do óculos. No meio do trote, me ocorreu que em corridas de revezamento, normalmente uma munhequeira é utilizada às vezes de bastão para indicar quem é o corredor da vez e eu, apesar de estar abrindo a corrida, não recebera nenhuma.

Quando retornei aos boxes, palco da largada e transição das equipes, escutei o locutor informando que a maldita munhequeira era necessária. Branca para quartetos, laranja para duplas. Consegui descobrir onde elas estavam sendo distribuídas e pedi a minha. O membro da organização me deu 4 e, ante a minha cara de espanto, passou a me explicar como seu eu fosse a criatura mais estúpida da face da Terra:

- Não são 4 corredores? Então... 4 munhequeiras.
- Tem certeza? Normalmente é uma por equipe...
- Tenho.

Distribuí as demais para a equipe e coloquei a minha, sob o relógio, para evitar que o suor batesse no touch pad e mudasse o display. Até parece que havia a possibilidade do suor não evaporar instantaneamente em um dia seco como o de hoje. Fui para a largada com um pouco de sede mas tudo bem. Já não dava mais tempo de voltar à tenda e os postos de hidratação ao longo do percurso deveriam que ser suficientes.

Já passa das 8 horas e a organização ainda está comandando o aquecimento. Se eu soubesse tinha ido me hidratar. Área da largada aberta. Estreita como ela só. Ainda bem que consegui me posicionar lá na frente. Boto o óculos para gravar e - porcaria de brinquedo chinês! Funciona desgraçado! A luz vermelha acende mas a verde, que indica que ele está gravando, acende, apaga e não dá mais sinal de vida. Faço uma última tentativa - infrutífera - ao ouvir a sirene da largada.

Como o pórtico de largada é muito estreito, demoro o suficiente para me afastar do pelotão da frente. À medida que vou avançando, mais ele vai se afastando. Ou os outros colegas de equipe tiram a diferença ou o sonho do pódio vai ficar para um dia em que a concorrência esteja menos inspirada. Ainda assim, foi um bom desempenho. Havia configurado o "Parceiro Virtual" em 3'52" min/km - o ritmo da Maratona de Revezamento Pão de Açúcar - e fechei a prova em 3'50".

O percurso tem 3 subidas mas elas eram menos puxadas do que eu me lembrava - efeito do álcool? Foram dispostos 3 postos de água, numa tentativa de minimizar o clima seco característico da época em Brasília.  Mantenho um ritmo consistente - parciais de 3'48", 3'50", 3'53", 3'53", 3'45" e 3'53" min/km - e completo a minha volta no limite - não acima dele. Ao completá-la, o Eduardo, que ia assumir a corrida me avisa:

- A munhequeira! Tem que me passar!

Desgraçado! Era mesmo uma munhequeira por equipe. Corro ao lado do Eduardo, esbaforido, tentando puxá-la por debaixo do relógio. Acabo tendo que desafivelá-lo para finalmente passar a munhequeira ao Dudu e só então travo o cronômetro: 20'46".

Me hidrato e resolvo dar mais uma volta na pista, trotando. O percurso, afinal de contas não era tão ruim assim. A moto escoltando o primeiro colocado passa por mim. Logo, passam os segundo e terceiro colocados. Quando o Deuzimá passa, incentivo:

- Vai Deuzimá! 4o. lugar! - àquela altura não parecia mais possível ganhar posições

Fico esperando alguém do meu time passar mas completo a volta antes disso. Pego o kit pós-prova e recebo uma massagem caprichada, a tempo de pegar a câmera e registrar o Domingos fechando nossa participação em 1:20'. Um 7o. lugar honroso e bastante comemorado.
A equipe Lo-Rã/Free Corner 2, 7a. colocada na categoria dos quartetos masculinos. Da esquerda para direita: Domingos, Eduardo (Dudu), eu e George.

A Equipe Lo-Rã ainda fez o 4o. e o 5o. lugar dos quartetos masculinos e o 2o. lugar dos quartetos femininos, com o time comandado pela Izaura o que rendeu R$ 50,00 em espécie e R$ 75,00 em vale compras para cada uma.
Izaura erguendo o troféu de 2a. colocação nos quartetos femininos.

A parte ruim ficou pela notícia de que os tiros serão transferidos da pista externa do Mané Garrincha. Ela será utilizada como canteiro de obras na reconstrução do estádio para a Copa de 2014 e o Laurent resolveu fazer nossa mudança já a partir desta semana. Parte da equipe vai treinar às quartas e sextas na UnB e outra parte vai treinar às terças e quintas na PM, no final da Asa Sul. Ainda que haja o rumor de que uma nova pista será construída em breve para substituir a que será fechada, ela vai deixar saudades.

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