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Trote na Chuva



Treino na planilha: GIRO + SUBIDAS + GIRO

Quando o despertador tocou e olhei pela janela, o chão estava molhado. Tinha chovido à noite. No Whatsapp, Gaúcho informou que estava indo para o Deck, mas eu já estava mais propenso a calçar o tênis do que a sapatilha: tudo o que eu menos queria era jogar fora o trabalho que tivera, colocando a bike na chuva já no primeiro giro após tê-la lavado. Além disso tinha a questão do raio da roda que eu mencionara na quarta-feira e que ainda não estava resolvido. Como se fosse um sinal, voltou a chover forte e a decisão passou a ser outra: voltar para cama ou sair para trotar. Uma não decisão, na verdade, já que, me conhecendo, as probabilidades de voltar para cama àquela altura do campeonato eram praticamente nulas.

Por conta da chuva, resolvi deixar celular e carteira em casa e correr old style mesmo, como na época em que amarrava a chave de casa no cadarço do tênis e partia para o abraço. Me acostumei a trotar com o fone de ouvidos, escutando o Viracasacas ou o Anticast. Mas agora que o celular agregou em si todos os dispositivos: câmera fotográfica, GPS, tocador de música, televisão, carteira, videogame e a nossas vidas, cresceu em tamanho e mal cabe na pochete que uso para guardar trecos enquanto corro. Com a capa impermeável, então, a pochete fica esticada e dá a impressão que vai rasgar a qualquer momento.

No começo, ainda de frescura, estiquei o braço para fora do bloco na vã tentativa de fazer o Garmin pegar sinal sem que me molhasse. Depois de alguns minutos sem sucesso, me joguei na chuva. Ainda assim, nada de sinal. Reiniciei o Garmin e fiquei de um lado para o outro da rua tentando acelerar o processo. Não sei se os trabalhadores a caminho do serviço, que às 6 horas da manhã são as únicas almas a perambular na rua, acham a situação curiosa ou perigosa: vai que o maluco pegando chuva resolve atacar. Quando finalmente o Garmin se conectou aos satélites, já havia se passado uns bons 10 minutos e eu já estava completamente encharcado apesar do casaco supostamente impermeável que vestia. Como acontece toda a vez que chove, um pequeno riacho se formou na rua. Só há bueiros lá embaixo, onde a rua acaba. Assim, os primeiros passos são necessariamente dentro d'água e os pés ficam molhados já nos primeiros metros de corrida.

A situação se repete em diversos pontos ao longo do percurso onde ou não há sistema para captação das águas pluviais ou o próprio sistema descarta a água nas calçadas, formando enormes poças. Nestes lugares, Brasília não tem calçadas nos dias de chuvas.

Neste clima, meu maior temor é ser sorteado por um galho que despenca das árvores. Neste percurso, que utilizo para trotar rotineiramente, lembro-me de ao menos três árvores caídas desde que começou a chover. Felizmente, como estou aqui descrevendo a atividade, não foi hoje.

Foi um trote relativamente leve, apesar de raramente eu conseguir trotar de forma realmente confortável. O ritmo, 5'09"/km acabou sendo consideravelmente mais rápido do que o usual.

Antes de ir para o trabalho resolvi levar a roda da bike para trocar o raio. Esperei a Sportcicle abrir, às 9hs, mas eles não tinham um raio que nela coubesse. Podiam encomendar, mas levaria ao menos 15 dias para recebê-lo. Enquanto isso, eu poderia continuar pedalando porque não havia perigo dele quebrar. Disse que ia procurar em outra loja e, de lá fui para a Go Gringo, na 315 Sul, mas lá também não tinham o maldito raio. O rapaz que me atendeu olhou a roda, verificou seu alinhamento, deu uma apertada no raio e disse que não via necessidade de trocá-lo. Então tá. Já que nas duas lojas diagnosticaram que o raio não está na eminência de quebrar, vamos confiar nos profissionais e torcer para que eles estejam certos.

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